Os primeiros meses do ano costumam registrar os números mais altos de casos de dengue, já que a elevação da temperatura e as fortes chuvas contribuem para eclosão dos ovos do mosquito Aedes aegypti. A boa notícia para os cidadãos teixeirenses é que entre janeiro e abril de 2015 o município confirmou um total de apenas 14 pessoas com a doença, indo na direção contrária ao restante da Bahia, que tem aumentado consideravelmente a contaminação em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o secretário de Saúde, Eujácio Dantas, os resultados alcançados neste ano correspondem ao que foi feito em 2014, pois um combate incisivo à doença é um processo que leva tempo: “A campanha que começamos em 2013 se refletiu em 2014 e a de 2014 agora, em 2015. Mesmo que a dengue pareça controlada, não podemos diminuir os esforços e cuidados, o descuido traria depois consequências seriíssimas; é um trabalho constante”.
Em 2013, a cidade confirmou 2.260 pessoas contaminadas pelo Aedes aegypti, 2.000 nos quatro primeiros meses do ano. Os números de 2014 já apontaram um grande avanço, com 135 casos no ano inteiro, 82 entre janeiro e abril. Para o secretário, essa mudança drástica se deve aos investimentos intensos em infraestrutura, disponibilizando pessoal com material específico para estar em campo, veículos e todo aparato com apoio municipal.
O trabalho de campo dos agentes endêmicos é o que faz toda a diferença no controle da dengue. Cada equipe fica responsável por uma área de atuação, onde eles verificam a existência de água parada, além de aplicar remédio para matar as larvas do mosquito em reservatórios de água parada que não podem ser eliminados, como as caixas d’água. O inseticida que age no mosquito adulto não deve ser usado indiscriminadamente, reservado apenas para situações de surto.
Além da ação incansável dos agentes de saúde, Eujácio ressalta que a população bem treinada, informada e consciente ajuda a evitar a proliferação da doença. “Os cidadãos não podem deixar de tomar cuidado porque estão vendo que a situação está mais estabilizada. Ainda temos raras situações que precisamos resolver, por exemplo, a falta de acesso em algumas residências e áreas de mais risco, como ferro velho e galpões. O trabalho precisa continuar”, explica.
Transmissão, sintomas e cuidados
A dengue é uma doença transmitida pela fêmea do vetor Aedes aegytpi, que contamina o ser humano após picar alguém que já estava infectado. O mosquito costuma picar no período da manhã e fim de tarde, então, o ideal é fechar portas e janelas nesses horários. Os ovos são depositados nos reservatórios de água, principalmente em caixas d’água e toneis domésticos, o que deixa a população com papel muito importante nesse combate.
Pequenos focos de água parada, como em bicas e vasos de planta também são perigosos e devem ser eliminados. Em Teixeira de Freitas, o cidadão pode entrar em contato com a ouvidoria da prefeitura se encontrar um local que pode estar servindo para reprodução dos mosquitos.
Os sintomas da dengue normalmente aparecem três dias depois da picada do mosquito, os principais são febre alta com início súbito, fortes dores de cabeça e nas articulações, dor atrás dos olhos, perda de apetite e manchas vermelhas no corpo. Ainda não existe uma vacina ou tratamento específico para a doença, o indicado é descansar e consumir bastante líquido.
A medicação para controlar as dores e a febre é o paracetamol, por isso, em caso de dúvida entre gripe e dengue, evite tomar outros remédios antes de consultar um médico.
Jornal Alerta
