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Medeiros Neto

Polícia Civil conclui e remete à justiça inquérito que investiga PM por abuso sexual em Medeiros Neto

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O delegado Sanney Simões, titular da Polícia Civil de Medeiros Neto, encaminhou à justiça no final da tarde desta segunda-feira (05/10), o Inquérito Policial que investiga desde o último dia 28 de setembro, um policial militar acusado pelas famílias de duas adolescentes de 12 e 14 anos, de crime de violência sexual. No encaminhamento o delegado Sanney Simões definiu por indiciar o policial militar e uma companheira sua, moradora de Medeiros Neto.

Embora indiciado, o militar não teve a prisão representada pela Polícia Civil, considerando tratar-se de cidadão de relevantes serviços prestados à sociedade, com residência fixa, com vínculo empregatício estabilizado no estado, não representar perigo de fuga, não representar perigo de vida, por preencher os requisitos do beneficio da dúvida e, por ser jornalista habilitado, a Constituição Federal lhe assegura a liberdade, não podendo ser recolhido preso antes de sentença transitada em julgado, salvo em caso de flagrante delito. Somente resta o entendimento do Ministério Público.

A manifestação ministerial será do promotor de justiça José Dutra de Lima Junior, titular da 5ª Promotoria de Justiça da comarca de Teixeira de Freitas e 1º substituto da comarca de Medeiros Neto. Tanto os exames médicos do Hospital Municipal de Medeiros Neto (requisitados pelo Conselho Tutelar) e os do núcleo do oficialado médico da Polícia Militar (requisitado pelo Inquérito Policial Militar), quanto os exames do Instituto Médico Legal do Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas (requisitados pela Polícia Civil), obtiveram resultados iguais.

A menina mais jovem está com hímen íntegro e não foi possível evidenciar ruptura anal. Já a menina mais velha não é virgem e apresentou extrusão já cicatrizada. A advogada criminal Kerry Anne Esteves Farias Santana que defende os interesses do policial militar Edelvânio Pinheiro, alerta que não é possível emitir juízo de valor sobre o caso antes do julgamento e revela que o profissional está sendo censurado na mídia social sem a existência da mínima materialidade na esfera jurídica. E sua posição enérgica em favor da sociedade ao longo dos últimos 2 anos à frente do trabalho de inteligência da Polícia Militar, inclusive revelando gente de prestigio social envolvida com o tráfego e com o crime de morte, está lhe custando o seu linchamento público por uma acusação que nunca plantou para merecê-la, inclusive, é um cidadão pai de 5 filhas moças que lhe idolatram.

Nesta segunda-feira (05), foi a vez do policial Edelvânio Pinheiro prestar depoimento ao Inquérito Policial Militar, onde negou as acusações, mas revelou circunstâncias que motivaram as denúncias contra ele. No seu depoimento o PM descreve passo a passo desde quando descobriu a autoria do assassinato de Gilvan de Souza Campos, o “Piau”, 53 anos, no último dia 19 de agosto e apontou às autoridades competentes o mandante do crime, este que havia coligado a outras pessoas interessadas no seu desastre e se aliaram para tramar tal acusação utilizando meninas conhecidas da sua família. Consta, nas oitivas do militar, que houve ponto de subtraírem da sua própria casa seus instrumentos de farda, pela qual sempre mais zelou e protegeu -, tudo como forma de incriminá-lo.

A advogada Kerry Anne assegura que o seu cliente é inocente e embora o ônus da prova é dever de quem acusa, ele está provando na justiça que tudo não passou de uma armação patrocinada. Informa que um desabafo da garota mais velha na sala de bate papo do Facebook, que inclusive já é publico para muita gente, ela revela que vinha sendo violentada sexualmente pelo próprio padrasto. E que o comportamento das possíveis vítimas no próprio Facebook nos últimos dias não é condizente com alguém que sofreu violência sexual e esteja sofrendo ameaças -, pelas quais redes sociais vêm expondo fotos e frases expressando vitórias, como se estivessem comemorando algo.

A defensora ainda destaca que a menina mais jovem alega que frequentava a casa do acusado há um ano e vinha sendo violentada neste período, mas foi ela que indicou a prima mais velha de 14 anos para ir trabalhar de babá na residência do militar com o consentimento da família dela e, questiona: “Como alguém que vinha sendo violentada há 12 meses por um casal, continuava frequentando o local e ainda conseguiria indicar sua própria prima para trabalhar no mesmo ambiente?”. E acrescentou: “Não estamos desprezando os depoimentos das jovens e nem pretendemos inocentar antes da hora o militar. Só que ele está sendo linchado publicamente em plena fase de apuração, quando as autoridades ainda estão conhecendo as informações das partes e, nada ainda, é capaz de revelar se existe violência sexual ou não. Até porque não existe nenhuma materialidade que se possa emitir juízo de valor sobre o caso.

No mínimo, ele e sua companheira Eliene Rodrigues merecem o beneficio da dúvida”, ressaltou a advogada Kerry Anne, que apenas defendeu a inocência do militar e não quis revelar detalhes das investigações alegando segredo de justiça sobre a apuração.

O acusado

O acusado Edelvânio Silva Pinheiro Gonçalves, 44 anos, é pai de 5 filhas, inclusive uma adolescente, entrou na Polícia Militar em 2005 e desde 1995 é habilitado como jornalista e um dos mais premiados da sua geração. Em 2001, também se habilitou como radialista profissional e é também licenciado em Letras pela UNEB. Foi professor na rede municipal de ensino por cerca de 20 anos.

E pela terceira vez pertence à diretoria do SINJORBA – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia, na qual instituição atualmente é vice-presidente da regional extremo sul. Já atuou como apresentador de programas jornalísticos em emissoras de rádio de Itanhém e Itamaraju. É o fundador do Jornal Impacto, periódico impresso de Itanhém e do Portal de Noticias Radar58, de Medeiros Neto, além do sistema de sonorização da cidade de Itanhém.

Por causa da acusação, o militar foi afastado das suas funções públicas na terça-feira do último dia 29 de setembro, do Serviço de Inteligência da 43ª Companhia Independente da Polícia Militar de Medeiros Neto, onde atuava há 2 anos como “P2” no setor de investigação.

A determinação foi do seu comandante, major Robson Lopes Calmon, que já havia determinado a abertura de um inquérito policial militar para apurar as denúncias. Na sexta-feira (02/10), o coronel Marcelo Luiz Brandão Teixeira, comandante do CPR/Sul – Comando de Policiamento Regional da Polícia Militar, em Itabuna, determinou que o soldado deixasse as suas funções administrativas na 44ª CIPM de Medeiros Neto e se apresentasse ao major Raimundo Magalhães, comandante da 87ª Companhia Independente da Polícia Militar de Teixeira de Freitas. A apresentação ocorreu às 12h45 do mesmo dia.

Fonte: Teixeira News

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