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Bahia

Dados indicam que 70% das vítimas de coronavírus na Bahia são negras

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Dados enviados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) à Defensoria Pública do Estado (DPE-BA) indicam que 70% das vítimas de coronavírus no estado são pessoas negras. O percentual se refere a dados coletados até 23 de junho, quando a pasta tinha em mãos informações sobre cor/raça de 35.609 pacientes – de um total de 49.084.

O recorte foi cobrado pela DPE em abril e, mais recentemente, na última quinta-feira (25). O órgão reiterou a importância dessas informações, para que possam ser subsidiadas ações específicas dos órgãos de defesa de minorias sociais.

Os números enviados pela Sesab indicam que o novo coronavírus atingiu 24.902 pessoas engras, 4.335 pacientes de cor/raça branca, 6.219 pessoas de cor/raça amarela, 85 indígenas e 77 pessoas de cor/raça ignoradas. Mais de 13,4 mil fichas estão sem essa informação, o equivalente a 27,45%.

No entanto, a Sesab não apresentou dados sobre mortalidade por Covid-19 com recorte de cor/raça.

“Não só a morte pelo Covid-19 atinge mais as pessoas negras, por conta do racismo estrutural, já que não se pode tratar de desigualdade sem envolver a discussão racial, mas também a própria contaminação pela doença. Quem pode ficar em casa, cumprindo as regras da Organização Mundial de Saúde e das autoridades locais? Quem se expõe majoritariamente em transportes públicos? Quais são os bairros e quem são as pessoas que estão sem água e saneamento básico num momento em que os cuidados com higiene devem ser redobrados? Eu não vou responder as perguntas porque todas nós sabemos as respostas”, observou a defensora Livia Almeida, coordenadora da Especializada de Direitos Humanos da Defensoria.

De acordo com o órgão, pesquisa divulgada pela PUC-Rio, no início de junho, aponta que 55% dos negros internados por coronavírus morriam. Entre os brancos, o percentual está em 38%.

Já a PNAD Covid-19, criada extraordinariamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mensurar os efeitos da pandemia, indica que os brasileiros mais afetados pelo coronavírus são pretos e pardos. Entre 4,2 milhões de pessoas com sintomas da doença em maio, 70% pertenciam a esse grupo.

Fonte: Bahia.Ba

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